sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O que motiva a nossa igreja?



Toda igreja é dirigida ou motivada por alguma coisa. Existe uma força que guia, uma pressuposição controladora, uma convicção motivadora por trás de tudo o que acontece. Se olharmos a palavra ‘dirigir’ no dicionário, acharemos esta definição: “guiar, controlar ou direcionar”. Este direcionamento pode não estar escrito em nenhum lugar, ele pode ser desconhecido para a maioria das pessoas da Igreja. Provavelmente nunca houve uma votação para aprovar tal direcionamento. Mas, ainda assim, ele existe e influencia cada aspecto da vida da Igreja.

Qual é a força que direciona e motiva nossa igreja?

Vamos analisar alguns pontos e corrigi-los quando necessário!

1) Igrejas dirigidas pela tradição: Nas igrejas dirigidas pela tradição, a frase preferida é: “Nós sempre fizemos isso deste jeito”. O alvo da igreja dirigida por tradições é simplesmente perpetuar o passado. Mudanças são quase sempre vistas de uma forma negativa e a estagnação é interpretada como sinônimo de “estabilidade”. Igrejas mais antigas têm a tendência de se agarrar a certas regras, regulamentos e rituais, enquanto as mais jovens tendem a se unir a um propósito e uma missão. Em algumas igrejas a tradição é tanta que qualquer outra coisa, inclusive a vontade de Deus, se torna secundária. Alguém disse que as sete últimas palavras de uma igreja são: “nós nunca fizemos isto este jeito antes”.

2) Igrejas dirigidas por personalidades: Nesta igreja o fato mais importante é: “O que o líder da igreja quer?” Se o pastor está servido na igreja por muito tempo, certamente é a personalidade que a motiva. Mas se a igreja tem uma história de sempre mudar de pastor, um ou mais leigos de destaque na igreja certamente são esta força polarizadora. Um dos problemas comuns de uma igreja dirigida por personalidades é que o planejamento é sempre determinado pelo passado, necessidades e inseguranças do líder, não pela vontade de Deus e pela necessidade do povo. Outro problema é que esta igreja é colocada em cheque quando a personalidade dirigente a deixa ou morre.

3) Igreja dirigida pelas finanças: A questão que ronda a mente de cada pessoa numa igreja dirigida por finanças é: “Quanto isto vai custar?” Nada é tão importante quanto as finanças. O debate mais quente nessa igreja é sempre sobre o orçamento. Boa mordomia e entrada financeira são elementos essenciais em um igreja sadia, mas finanças nunca poder ser um fator controlador. O item principal deve ser o que Deus quer que a Igreja faça. Igrejas não existem para produzir lucro.
A razão da existência de uma igreja não deve ser “quanto conseguimos economizar?”, mas sim, “quantos nós conseguimos salvar?” .

4) Igrejas dirigidas por programas: O programa feminino, o coral, a escola dominical, e o estudo bíblico são exemplos de programas que muitas vezes são a força que motiva certas igrejas. Numa igreja dirigida por programas, toda energia está concentrada em se manter o que foi planejado. A igreja dirigida por programas, em vez de desenvolver o povo, trabalha somente no preenchimento de cargos. A comissão de nomeações é o grupo mais importante da igreja. Se os resultados não são os esperados, as pessoas envolvidas culpam a si mesmas por não trabalharem o suficiente.
Ninguém jamais questiona se o programa ainda funciona ou não.

5) Igrejas dirigidas por construções: alguem disse uma vez: “Formamos os nossos prédios e depois os prédios nos formam”. Muitas vezes uma congregação está tão ansiosa por ter uma prédio bonito, que os seus membros gastam mais dinheiro do que eles têm. O maior item do orçamento é o pagamento da manutenção das instalações. Fundos necessários para operar ministérios têm de ser desviados para pagar intermináveis prestações e assim o verdadeiro ministério da Igreja sofre. Para isso serve a expressão chinesa: “Em vez de o cachorro balançar o rabo, o rabo balança o cachorro”.

6) Igrejas dirigidas por eventos: Se olharmos o calendário de uma igreja dirigida por eventos, ficaremos com a impressão de que a meta daquela igreja é manter o povo ocupado. Sempre tem alguma coisa acontecendo, todos os dias da semana. Existe muito trabalho em igrejas como esta, mas não necessariamente produtividade. Uma igreja pode ser ocupada sem entender qual o propósito de tanta ocupação. Alguém precisa questionar: “Qual o propósito de cada uma de nossas atividades?” Numa igreja dirigida por eventos, o número de programações que uma pessoa freqüenta é principal medida de fidelidade e maturidade.

7) Modelo bíblico - uma igreja dirigida por propósitos: Devemos começar olhando para tudo o que a nossa igreja faz, através da ótica dos propósitos colocados pelo Novo Testamento e ver como Deus deseja que ela seja equilibrada em todos eles. 
Vejamos At 2.42-47:
A partir do texto percebemos cinco propósitos para a igreja: reunir; edificar; adorar;
ministrar; evangelizar. Igrejas fortes são construídas sobre um propósito. Enfocando igualmente todos os cinco propósitos, nossa igreja irá desenvolver um equilíbrio sadio, que produzirá um crescimento duradouro. “Muitos são os planos do coração do homem, mas é o propósito do Senhor que permanecerá (Pv 19.21).

Estes propósitos irão fortalecer as oito marcas de qualidade de uma Igreja que cresce:
Liderança capacitadora; Ministérios orientado pelos dons; Espiritualidade contagiante; Estruturas funcionais; Culto inspirador; Grupos familiares; Evangelização orientada para as necessidades; Relacionamentos marcados pelo amor fraternal. Planejamentos, programas e personalidades não duram, mas o propósito de Deus prevalecerá].

8) A importância de ser dirigido por propósitos: O ponto de partida de cada Igreja deve ser a questão: “Por que existimos?” Até que saibamos qual é a razão de existência de nossa Igreja, não temos um alicerce, nem motivação nem direção no ministério. Se estamos ajudando uma nova Igreja a começar, nossa primeira missão deve ser definir o seu propósito. É muito mais fácil colocar a base correta quando se começa uma nova Igreja, do que tentar endireitá-la depois que ela existe há anos. Se ministramos numa Igreja que está estável, declinando, ou está simplesmente desencorajada, nossa missão principal é redefinir o seu propósito. Esqueçamos qualquer outra coisa, até que tenhamos estabelecido novos propósitos nas mentes de nossos membros.
Resgatemos uma visão clara do que Deus quer fazer em nossa Igreja e através dela. Não existe nada no mundo que vai revitalizar mais rápido uma Igreja desencorajada do que redescobrir esse propósito. Igrejas são iniciadas por diversas razões. Algumas vezes são razões inadequadas: competição, orgulho denominacional, necessidade de reconhecimento de um líder, ou algum outro motivo não louvável. A não ser que a força motivadora que rege a Igreja seja bíblica, a saúde e o crescimento da Igreja nunca serão o que Deus deseja. Igrejas fortes não são construídas sobre programas, personalidades ou artifícios, e sim sobre os propósitos eternos de Deus.

Precisamos Ser Uma Igreja Com Propósitos.

3 comentários:

  1. Jesus dirigiu a sua Igreja apenas pela Palavra - eis o motivo de Pedro dizer: "para onde iremos se só tu tens as Palavras da Vida Eterna?"

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    1. Exatamente isso!

      A PALAVRA É VIDA QUE VIVIFICA O VALE DE OSSOS SECOS.

      Em João 8:32, ele disse: "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará ."

      Abraço em Cristo.

      Nilson Magalhães.

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  2. Legal gostei muito do seu blog tbm viste ^^ http://juventudecristaevangelica.blogspot.com/

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